“Este é tempo de divisas, tempo de gente cortada... É tempo de meio silêncio, de boca gelada e murmúrio, palavra indireta, aviso na esquina.” CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE
quinta-feira, 8 de julho de 2010
o controle da filosofia
Durante a ditadura, matérias que visam desenvolver o raciocínio lógico dos alunos, a ampliar seus conhecimentos e pensamentos como, por exemplo, a filosofia, que acabou sendo substituída pela disciplina nomeada educação moral e cívica, que, como as demais naquele período, visavam enfatizar ao máximo o ufanismo, a total apreciação e defesa do país. Pensamentos nacionalistas que acabaram prejudicando até o sistema de ensino nacional. Tudo foi monopolizado e a pedagogia militar não poderia ser questionada, tanto dentro quanto fora de sala, ou a repressão reprimiria quaisquer manifestantes. E esse era exatamente o papel dessa nova disciplina imposta, ensinar aos indivíduos que não é se quer questionável ir contra as ordens militares, não perturbando, jamais, os objetivos autoritários do governo. Essa pedagogia visava unicamente desenvolver o "Brasil Potência", que era desenvolvido desde a educação, passando pela segurança nacional, e até à custa de grandes investimentos do capital internacional.
terça-feira, 6 de julho de 2010
positividade dos anos de chumbo
Muitos ja ouviram falar na expressão 'anos de chumbo', que sempre surge quando citamos o regime militar, a repressão do governo e demais aspectos devidamente pesados e maléficos desse período, mas será possivel que não existe nenhum aspecto positivo, por menor que seja? Existe sim! mais do que um, inclusive, porém passam despercebidos dentre tamanha dor.
Um dos principais aspectos positivos desse período, foi o conhecido milagre brasileiro. Pois é, Médici foi um Presidente profundamente humano e voltado extraordinariamente para o social, mesmo durante esse periodo egocentrista. Se os trabalhadores rurais e os empregados domésticos têm amparo da Previdência Social, é graças ao seu governo.
LA TORTURA
A tortura foi um método muito utilizado na Ditadura Militar, o objetivo dos torturadores era conseguir todas as informações dos guerrilheiros, homens e mulheres que planejavam de tudo para acabar com o poder geral dos militares.
Porém houve muitos que não falaram nada. Com somente algumas frases, um endereço ou qualquer outro tipo de informação aquela tortura acabaria e o preso seria levado para um hospital, essa era a estratégia usada.
Nenhum corpo era encontrado, todos os caixões eram bem lacrados e jogados ao mar, para não mostrar nenhum dos ferimentos feitos pela tortura.
Segue aqui, alguns tipos de tortura:
Cadeira do dragão
Nessa espécie de cadeira elétrica, os presos sentavam pelados numa cadeira revestida de zinco ligada a terminais elétricos. Quando o aparelho era ligado na eletricidade, o zinco transmitia choques a todo o corpo. Muitas vezes, os torturadores enfiavam na cabeça da vítima um balde de metal, onde também eram aplicados choques;
Pau-de-arara
É uma das mais antigas formas de tortura usadas no Brasil - já existia nos tempos da escravidão. Com uma barra de ferro atravessada entre os punhos e os joelhos, o preso ficava pelado, amarrado e pendurado a cerca de 20 centímetros do chão. Nessa posição que causa dores atrozes no corpo, o preso sofria com choques, pancadas e queimaduras com cigarros;
Espancamentos
Vários tipos de agressões físicas eram combinados às outras formas de tortura. Um dos mais cruéis era o popular "telefone". Com as duas mãos em forma de concha, o torturador dava tapas ao mesmo tempo contra os dois ouvidos do preso. A técnica era tão brutal que podia romper os tímpanos do acusado e provocar surdez permanente;
Soro da verdade
O tal soro é o pentotal sódico, uma droga injetável que provoca na vítima um estado de sonolência e reduz as barreiras inibitórias. Sob seu efeito, a pessoa poderia falar coisas que normalmente não contaria - daí o nome "soro da verdade" e seu uso na busca de informações dos presos. Mas seu efeito é pouco confiável e a droga pode até matar;
Afogamentos
Os torturadores fechavam as narinas do preso e colocavam uma mangueira ou um tubo de borracha dentro da boca do acusado para obrigá-lo a engolir água. Outro método era mergulhar a cabeça do torturado num balde, tanque ou tambor cheio de água, forçando sua nuca para baixo até o limite do afogamento;
Geladeira
Os presos ficavam pelados numa cela baixa e pequena, que os impedia de ficar de pé. Depois, os torturadores alternavam um sistema de refrigeração superfrio e um sistema de aquecimento que produzia calor insuportável, enquanto alto-falantes emitiam sons irritantes. Os presos ficavam na "geladeira" por vários dias, sem água ou comida.
Além dessas, existiram outras milhares de formas, que estes cruéis utilizavam.
Agora, nos perguntamos: como será a consciência de quem praticou esses absurdos e vive até hoje numa sociedade, querendo, ou não, "um pouquinho" mais justa?
A ditadura não é passado
Vivemos dentre uma sociedade regrada, com poder monopolisado, cujos principios são totalmente baseados no regime militar. Acabamos por estabelecer uma ruptura drástica entre o passado e o presente, quando não o silêncio e o esquecimento de um processo, contudo, tão recente e tão importante na nossa história. Não é estranho que sejamos liderados por representantes aos quais nós mesmos escolhemos, ouvimos, avaliamos, mas que nunca nos ouvem, ou se quer cogitam avaliar nossas necessidades? É uma massificação imposta desde os anos de chumbo!
quinta-feira, 1 de julho de 2010
Que época foi essa?
Época marcada por confrontos, rebeliões, abuso de poder, crueldades e, acima de tudo, atos desumanos. Quem era contra o regime militar sofria repressões, era torturado, censurado e morto. Bem diferente de hoje em dia, onde temos um enorme leque, e podemos, livremente, decidir que tipo de governo queremos para o nosso país. Apesar de tudo, há quem diga que esse período foi bom. Agora, cabe a cada um de nós ler e acreditar no que quisermos e no que melhor nos convêm.
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